Dia Mundial do Câncer: Hospital de Base realizou mais de 34 mil atendimentos em 2024






O dia 4 de fevereiro foi escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o Dia Mundial do Câncer. O momento serve como uma forma de alertar e informar a população sobre a prevenção a todos os tipos de câncer, uma doença que hoje atinge, aproximadamente, 20 milhões de pessoas por ano no mundo todo.


Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Distrito Federal pode ter, entre 2023 e 2025, por volta de 7.330 novos casos por ano, o que daria quase 22 mil novos casos. Em Brasília, o Hospital de Base do Distrito Federal é referência do Serviço Único de Saúde para o atendimento de oncologia clínica e cirúrgica. Apenas em 2024, foram realizados 1.786 procedimentos cirúrgicos de oncologia e de especialidades que também tratam câncer como mastologia, ginecologia, ortopedia, cirurgia torácica, cirurgia de cabeça e pescoço e cirurgia geral.



Em Brasília, o Hospital de Base do Distrito Federal é referência do Serviço Único de Saúde para o atendimento de oncologia clínica e cirúrgica | Fotos: Divulgação/IgesDF



Além disso, foram realizados, entre janeiro e dezembro de 2024, 34.093 atendimentos oncológicos no ambulatório do Hospital de Base e mais de 11.800 sessões de quimioterapia oncológica. Também foram realizadas mais de 7.300 sessões de quimioterapia da onco-hematologia (leucemia).


O Hospital de Base tem, hoje, o maior serviço de oncologia do Distrito Federal e é credenciado pelo Ministério da Saúde como Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). “Isso significa que aqui são tratados todos os tipos de câncer, tanto com quimioterapia quanto com radioterapia e também com cirurgias. O HBDF é o único hospital público que consegue oferecer esse tratamento completo para todos os tipos de câncer que existem”, explica Daniel da Motta Girardi, chefe da Oncologia do Hospital de Base.


A importância da prevenção


O câncer, como todos sabem, é uma doença muito agressiva e, muitas vezes, fatal. Por isso, quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores são as chances de sucesso. “É muito importante ter essa conscientização da população e que ela fique atenta e procure imediatamente os estabelecimentos de saúde em caso de algum sintoma e faça os acompanhamentos preventivos. No caso da mulher, a mamografia e o exame de Papanicolau, e no caso da população adulta em geral, exames de colonoscopia e check-ups em geral”, lembra Girardi.



O Hospital de Base tem, hoje, o maior serviço de oncologia do Distrito Federal e é credenciado pelo Ministério da Saúde como Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon)



Girardi lembra, ainda, que o diagnóstico precoce do câncer está inserido no SUS de forma geral dentro da atenção primária. “A porta de entrada é nas Unidades Básicas de Saúde, no postinho, onde você faz as primeiras consultas e recebe os pedidos de exames de rastreamento. É lá que acontece a investigação inicial”, explica. O Hospital de Base, por ser uma unidade de atendimento terciário, vai receber o paciente já no momento de realizar o tratamento com o diagnóstico definido.


O Hospital de Base oferece hoje o tratamento completo para os pacientes com câncer, tanto em termos de internação, tratamento ambulatorial, cirurgias oncológicas, radioterapia e quimioterapia, além de tratamentos sistêmicos também. “Além disso, nós temos equipes multidisciplinares, com profissionais de nutrição, fisioterapia, enfermagem, cuidados paliativos, entre outros, que fazem toda uma rede necessária de multidisciplinaridade para o atendimento do paciente com câncer”, conta Girardi.


Seguindo em frente


O paciente diagnosticado com câncer sabe que vai ter pela frente, uma verdadeira batalha. É o caso de Regina Souza Bispo, que realiza seu tratamento no Hospital de Base. Mesmo tendo realizado cinco mamografias, só teve a confirmação de que o seu câncer era maligno depois de uma biópsia. “Primeiro, fiz a cirurgia, depois passei com um oncologista e fiz sessões de quimioterapia. E hoje terminei as 15 sessões de radioterapia”, comemora.


Regina descreveu os desafios enfrentados no tratamento. “Não é fácil receber um diagnóstico de câncer. O processo de cura é muito cansativo e desgastante. Tem dias que você está feliz, chora, e no outro dia levanta disposta a vencer, vivendo um dia de cada vez, porque não tem outro jeito a não ser esse. Você precisa enfrentar. É importante ficar tranquila, calma, procurar ser feliz, não ficar chorando, porque o câncer adora gente infeliz. Quanto mais você chora, mais você alimenta ele, mais sua imunidade baixa. Então, é importante procurar passear, ficar com a família, fazer coisas que fazem bem, comer bem, fazer uma caminhada, praticar esporte. Todas essas coisas ajudam você a dar um passo de cada vez, rumo à sua cura”, lembra Regina.


Sobre a importância do Dia Mundial do Câncer, Regina ressalta que os casos de câncer de mama, como o dela, têm aparecido em mulheres cada vez mais jovens. “Não tem mais idade. Antes, era comum aparecer em mulheres de 40, 45 anos. Hoje, está em meninas de 20 anos, até menos. Então, é essencial sempre se observar. Se perceber algo diferente, faça exames. Não se satisfaça com um único diagnóstico, procure investigar bastante. Se eu tivesse parado no primeiro diagnóstico, talvez quando fosse procurar tratamento, já não teria mais solução. Vá ao médico, procure um ginecologista, faça exames periódicos. Porque tudo que é descoberto no começo é mais fácil de ser tratado. Se deixar avançar, fica mais complicado”, reforça.


Regina fez questão de elogiar o tratamento que recebe no Hospital de Base. “Os médicos daqui são maravilhosos. O atendimento deles é humanizado, eles têm paciência, explicam tudo, pedem exames, cuidam de você e se preocupam. Passei o Natal internada aqui, e todos os médicos que me atenderam foram muito atenciosos. Tenho gratidão por isso”, lembra, emocionada. Regina agora vai seguir com os exames periódicos e realizar o acompanhamento. “Tenho de tomar uma medicação pelos próximos cinco anos. Em breve devo ser chamada para realizar a reconstrução da mama. Enquanto isso, sigo trabalhando e vivendo minha vida. Não tem outra maneira de viver se não for pela fé. Você precisa acreditar que cada dia será bom e que é possível vencer os medos”, finaliza.


*Com informações do IgesDF






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